O que os estudos de biodiversidade têm a ver com o combate à COVID-19?

Por Kelmer Martins da Cunha & Elisandro Ricardo Drechsler dos Santos,  Depto. BOT-CCB/UFSC

Você não acha que muito do que os cientistas produzem parece inútil? Pois é, a grande maioria dos estudos científicos não necessariamente oferece novidades, inovações e aplicações imediatas para a sociedade. No entanto, o acúmulo de conhecimento e o domínio de novas técnicas e tecnologias irão resultar, a médio ou longo prazo, em benefícios e qualidade de vida para as pessoas.

Veja o exemplo da PCR (do inglês Polymerase Chain Reaction). Quem antes da COVID-19 conhecia a PCR? 

Em tempos de pandemia, qualquer pessoa que ouve ou lê “PCR” já associa com o teste mais preciso para detecção da COVID-19. A PCR é uma técnica da biologia molecular que amplifica o DNA ou RNA, ou seja, aumenta a quantidade de material genético de uma forma que possa ser detectado. Antes estava “presa” em laboratórios ou no uso de investigações científicas, mas hoje está “na boca de todo mundo”, mais precisamente nos testes para identificação da doença. Nesse caso, a PCR amplifica o RNA do vírus de uma amostra laboratorial, ajudando a reconhecer se uma pessoa está infectada ou não.

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