Por Filipe Modolo – Dpto. de Patologia, UFSC

Fonte: Fonte: https://www.pikist.com
Todos nós sabemos que, recentemente, surgiu uma nova cepa letal de coronavírus, o SARS-CoV-2, causador da COVID-19, uma doença que tem comprometido tanto pacientes com doenças prévias quanto pessoas anteriormente tidas como saudáveis. Este vírus apresenta alta taxa de infecção, especialmente pela boca e faringe, e desencadeia a chamada “tempestade de citocinas” (resposta excessiva do nosso sistema de defesa), levando à perda do controle desse sistema e causando sérios danos aos pacientes.
Diante de uma doença tão nova, grave e complexa, ainda não existe um tratamento com 100% de eficácia, e os protocolos com maior taxa de sucesso são compostos por associações de vários medicamentos. Neste contexto, Cientistas descobriram que… tanto a COVID-19, quanto seus diversos protocolos de tratamento podem causar problemas bucais nos pacientes1. O SARS-CoV-2 tem revelado habilidades neurotrópicas (afinidade por nervos) e mucotrópicas (afinidade por mucosa) e, por isso pode afetar o funcionamento das glândulas salivares, a sensação de paladar e a integridade da mucosa bucal, interferindo diretamente no ambiente bucal e influenciando o equilíbrio da microbiota. Continuar lendo