Por Fabienne Ferreira – Dpto. de Ciências Morfológicas – Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de metade da população mundial vive atualmente em áreas urbanas, e estima-se que essa proporção aumente para 70% até 2050. Nas cidades, temos uma mistura de muitos seres vivos, como pessoas, animais não humanos e plantas, cada um com suas próprias comunidades de microrganismos. A soma de todas essas comunidades microscópicas (invisíveis aos nossos olhos nus) é chamada microbioma. Essas diferentes formas de vida interagem o tempo todo, tanto entre si quanto com os prédios e ruas que criamos.
Uma crescente quantidade de evidências científicas nos mostra que a saúde e bem-estar dos seres vivos dependem dessas interações.
Na verdade, o desenvolvimento e a saúde dos seres humanos estão relacionados a uma combinação de características individuais e características dos microrganismos que habitam nosso corpo.
Além disso, foi descoberto que o momento de floração das plantas depende do conjunto de microrganismos no solo, e que compostos metabólicos úteis em plantas medicinais são possivelmente sintetizados em conjunto com suas bactérias parceiras.
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