Desvendando o elo: irisina, exercício e o desafio contra a demência

Por Heiliane de Brito Fontana – Departamento de Ciências Morfológicas – Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

À medida que envelhecemos, nosso cérebro também passa por esse processo, e isso pode resultar em um declínio cognitivo. A demência é um desafio global para a saúde no século XXI, principalmente entre pessoas com mais de 65 anos. Seu impacto tem sido impulsionado nas últimas décadas, afinal – ainda bem – a ciência tem nos ajudado a reduzir mortes prematuras por doenças tratáveis, aumentando a longevidade.

Embora o envelhecimento do nosso cérebro seja um fato, a Comissão Lancet sobre Prevenção, Intervenção e Cuidados com a Demência alerta: “a demência de forma alguma é uma consequência inevitável de atingir a idade de aposentadoria, ou mesmo de entrar na nona década de vida”. Existem fatores que podem ajudar a modificar o declínio cognitivo, e a atividade física é um dos mais promissores e mais suportados por evidências. 

Estudos prospectivos, acompanhando milhares de indivíduos sem demência por longos períodos, revelaram que a atividade física possui um efeito protetor significativo contra o declínio cognitivo. Especificamente, exercícios de alta intensidade mostraram a maior eficácia na preservação da cognição. Além disso, o exercício reduz substancialmente o risco de desenvolver a doença de Alzheimer, chegando a uma diminuição de quase 50%. 

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