Por Paulo César Simões-Lopes – Dpto de Ecologia e Zoologia – UFSC

Como já disse anteriormente, somos bons nisso… Somos eficientes. Nossa fama não é a de um “exterminador do futuro”, …somos exterminadores do presente, mas desde quando?
Há um deserto muito seco, talvez o mais seco do mundo e também muito salgado. Chama-se Atacama, no Chile, e é um lugar absurdamente lindo. Quando passei por lá, não sabia que outros mistérios ele guardava, mas agora sei. Sua secura e seu sal o tornaram um testemunho e um repositório de nossa passagem desastrosa pelo mundo.
Penas vermelhas, amarelas, azuis e verdes, e também ossos, tendões, músculos e pele, permitiram que novas informações emergissem das areias finas e das rochas e do sal. Tudo perfeitamente preservado na forma de múmias animais.
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