Nas 55 linhas de um embate entre Ciência e Política

Por Geison Souza Izídio                                                                                                                  Dpto. de Biologia Celular, Embriologia e Genética – UFSC

geison-imagemAno 55, século XX, faleceu Albert Einstein, um dos maiores cientistas que já viveu neste nosso pálido ponto azul, chamado de planeta Terra. Não seria preciso ressaltar aqui as enormes contribuições científicas deixadas por esta mente brilhante, ao longo dos seus anos de vida. Porém, nem todos sabem que pouco antes de falecer, Einstein foi signatário do “Manifesto Russell-Einstein” (1955), escrito por Bertrand Russell, filósofo premiado com o Nobel de literatura. Este texto alertava para os perigos da proliferação de armamentos nucleares e solicitava que os líderes mundiais Continuar lendo

Por que a ciência precisa da filosofia?

Por Vitor Hugo Klein Junior – Pesquisador do Grupo Strategos – Esag/UDESC

Vitor - figura

Mercúrio coroando a Filosofia Mãe das Artes, pintura de Batoni Pompeo, século XVIII, ilustra a importância da filosofia como alicerce do conhecimento e ciência. O termo Artes refere-se às sete artes liberais que, na Idade Média, dividia-se em trivium e quadrivium, o primeiro um conjunto de disciplinas que estudam o texto literário, o segundo, composto de disciplinas destinadas ao ensino do método científico.

Há quatro anos, o físico Stephen Hawking defendeu a forte tese de que a filosofia estaria morta[1]. O argumento de Hawking ecoa, ironicamente, o do filósofo Nietzsche, que no século XIX, afirmara a morte de Deus. Argumentos contundentes são sem dúvida combustível de muito ressentimento no campo intelectual, e quando corretamente administrados, basta uma fagulha para que paixões se incendeiem. Hawking traz à tona, nesse caso, o conturbado relacionamento entre paixões distintas acerca do papel e alcance da ciência e da filosofia. Continuar lendo