Fibras de nanotubo de carbono usadas na fabricação de tecidos que podem funcionar como baterias. Que tal carregar o celular na sua jaqueta?

Por Keli Fabiana Seidel – Grupo de pesquisa em Bio-Optoeletrônica Orgânica– UTFPR 

Figura 1: Fibra de nanotubos de carbono sendo esticada. O resultado é similar uma teia de aranha, pois é elástica, leve e forte com a vantagem de ser uma “teia” que conduz eletricidade.

Dia após dia novidades relacionadas à nanociência surgem em nossas vidas de modo a trazer facilidades às nossas atividades do cotidiano. O celular, por exemplo, virou um grande amigo de muitas pessoas pela sua capacidade de agregar funções/App (GPS, redes sociais, câmera, agenda etc.) que podem ser acessados de qualquer lugar no mundo quando conectado à internet. Isso só é possível devido aos avanços na área de nanotecnologia que ampliaram a capacidade de processamento desses dispositivos mantendo-os em uma escala muito pequena, afinal, tudo isso cabe em sua mão. Se pudermos dar um zoom em um desses dispositivos eletrônicos e irmos para a escala nanométrica (1 nanômetro=1×10-9 m =0,000000001 m) podemos analisar, por exemplo, que tipos de materiais são usados para gerar tal eficiência. Entre os materiais “queridinhos” aplicados na nanotecnologia, o nanotubo de carbono tem papel de destaque em várias situações. Seu nome é devido a sua forma longa e oca em formato de tubo, com paredes formadas por folhas de carbono, chamadas de grafeno, com espessura de apenas um átomo (veja aqui). Continuar lendo

Uma realidade 3D para o crescimento e a reconexão de fibras neuronais

Por Marco Augusto Stimamiglio                                                                                          Instituto Carlos Chagas – Fiocruz/PR

marco-figuraApós uma lesão na medula espinhal, com o rompimento das fibras neuronais que percorrem a coluna vertebral de um indivíduo, interrompe-se o fluxo de informações do cérebro para o corpo e do corpo para o cérebro. O resultado é a paralisia e a perda de sensibilidade em regiões do corpo que variam de acordo com a extensão e a localização da lesão. Além disso, como resposta do organismo à lesão tecidual, desenvolve-se uma cicatriz no local lesionado Continuar lendo

50 tons de preto

50 tons de preto

Por Paula Borges Monteiro                                                                                                        Grupo de Estudos em Tópicos de Física – IFSC

Este texto não é sobre um novo livro que deve virar filme, estrelado por Christian Black, mas sobre o quão escuro pode ser um objeto. Quando abrimos os olhos ao acordar, certa quantidade de luz atinge as nossas córneas, que são as primeiras estruturas do nosso sistema óptico responsável pela informação visual. Só podemos perceber objetos, pessoas, animais etc., que emitem luz ou que refletem a luz de alguma fonte luminosa. Quando não há luz, esta não atingirá os nossos olhos e perceberemos o preto ao nosso redor. Continuar lendo